Só para constar, eu não estava em sala quando houve a discussão sobre o texto, portanto li alguns textos publicados por outros colegas para fundamentar melhor a minha opinião
No meu ponto de vista, o texto de Vilém Flusser vai além de uma simples crítica ao uso excessivo de objetos em nossas vidas. Ele questiona a própria base do sistema em que vivemos, o modo de produção capitalista, que transformou os objetos em mercadorias, produzidos em larga escala com o objetivo único de gerar lucro. Essa lógica capitalista incentiva a criação de objetos cada vez mais sofisticados e irresistíveis, comercializados por meio de estratégias de marketing agressivas e que, por sua vez, geram uma dependência cada vez maior do ser humano em relação a esses objetos.
Além disso, a arte, assim como outras áreas da cultura, também se submete ao domínio dos objetos. A nova estética gerada pela inteligência artificial é um exemplo disso, em que o valor da obra é medido pela sua capacidade de impressionar e chocar, ao invés de transmitir uma mensagem ou expressar uma ideia.
Em resumo, para mim, a dependência humana em relação aos objetos é uma consequência direta do modo de produção capitalista, que transformou os objetos em mercadorias e os usou como uma ferramenta de dominação e controle. Para mudar essa realidade, é necessário repensar o nosso modelo de sociedade e adotar novas formas de produção, consumo e relação com os objetos.
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